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GRANDE PLANO
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
Exercício de 2021
CRÉDITO AGRÍCOLA
COM RESULTADOS LÍQUIDOS
DE 158,8 MILHÕES DE EUROS
Crescimento de 82,9% face a período homólogo
Negócio bancário contribuiu com 143,3 milhões de euros
O Grupo Crédito Agrícola alcançou
um resultado líquido
de 158,8 milhões de euros
no ano de 2021, valor que
representa um crescimento de 82,9%
face ao período homólogo e de 20,8%
comparativamente a 2019 (num contexto
de pré-pandemia). O negócio bancário
contribuiu com 143,3 milhões de euros,
correspondendo a um crescimento homólogo
de 109,1%. A rentabilidade de
capitais próprios consolidados (ROE)
cifrou-se em 8,1%, reflexo do desempenho
das diferentes componentes do
Grupo, incluindo os contributos dos
resultados líquidos de 6,1 milhões de
euros da CA Vida e de 5,8 milhões de euros
da CA Seguros. A carteira de crédito
(bruto) a Clientes1 do Grupo apresentou
um crescimento de 4,8% para 11,7 mil
milhões de euros, o que se traduz num
incremento de 537 milhões de euros.
Este valor reflecte a dinâmica comercial
do Grupo Crédito Agrícola, bem como
o apoio prestado à economia nacional,
num contexto económico-social severo.
A quota de mercado em crédito concedido
a Clientes aumentou 10 pontos-base
(pb), em termos homólogos, para 5,8%.
No final do ano, do total de moratórias
expiradas, no valor de 2.892 milhões de
euros, 93,7% retomaram o plano de pagamento
original e 87,9% encontram-
-se em situação regular (stages 1 e 2).
Os níveis de solidez e liquidez do Grupo
Crédito Agrícola mantêm-se acima dos
níveis mínimos recomendados, tendo
sido reportados rácios CET1 e de fundos
próprios totais de 17,6% (excluindo
resultado líquido do período), um rácio
de alavancagem de 8,0%, um rácio de
cobertura de liquidez (LCR) de 477,2%
e um rácio de financiamento estável
(NSFR) de 173,1%.
Em Julho de 2021, no âmbito da sua Política
de Sustentabilidade assumida em
2020, o Crédito Agrícola passou a atribuir
uma notação ambiental e social aos
seus Clientes Empresariais. Esta notação
contribui para uma melhor preparação
dos Clientes perante as actuais exigências
ambientais e sociais, mas, sobretudo,
permite ao Crédito Agrícola identificar,
de forma mais precisa, produtos financeiros
que possam incentivar os Clientes
e contribuir para acelerar o alinhamento
dos seus modelos de negócio com a
descarbonização da economia nacional.
Ainda em Julho, a agência Moody’s atribuiu
à Caixa Central de Crédito Agrícola
a sua primeira notação de rating ( baseline
credit assessment ou BCA) de nível
Ba1. A BCA é complementada com
as seguintes notações: depósitos Baa3
Outlook Estável/P-3, Counterparty Risk
Rating (CRR) de Baa2/P-2, Counterparty
Risk Assessment de Baa1(cr)/P-2(cr).
Em Outubro de 2021, a Caixa Central
procedeu a uma emissão inaugural de
dívida obrigacionista no mercado internacional,
no valor de 300 milhões
de euros, através de títulos representativos
de dívida sénior preferencial ligados
à Sustentabilidade Social, à qual
a Moody’s atribuiu a notação de rating
“Ba2” (Outlook estável). Esta transacção
permitiu ao Grupo cumprir a meta
intermédia vinculativa do requisito de
MREL TREA+CBR, aplicável em 1 de Janeiro
de 2022, com uma margem de 303
pb. No mesmo mês, o Crédito Agrícola
foi considerado, pela revista The Banker
(Grupo Financial Times), o Banco com a
melhor performance em Portugal, designadamente
em parâmetros como o crescimento,
a rentabilidade, a qualidade de
activos e a liquidez.
“Continuamos a crescer de forma sustentada.
Os resultados líquidos, sucessivamente
positivos, têm contribuído para
o reforço dos fundos próprios do Grupo;
e, através do digital, vimos ampliando
a nossa presença junto dos mercados e
segmentos mais jovens e urbanos. Para
esse crescimento, é de salientar o impulso
dado por diversas iniciativas, com
destaque para a App moey! – lançada em
2019”, sublinha o presidente do Grupo
Crédito Agrícola, Licínio Pina.
1 Incluindo papel comercial no valor de 406 milhões de euros em 2021, o que compara com 350 milhões de euros em 2020.